sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Vivência do Estágio em Educação Infantil - Parte II






 



No que tange ao processo de estágio supervisionado é necessário fazer uma reflexão sobre a concepção de estágio,
“Compreender que o estágio supervisionado é (...) o momento de revermos os nossos conceitos sobre o que é ser professor, para compreendermos o seu verdadeiro papel e o papel da escola na sociedade. O estágio não é a hora da prática! É hora de começar a pensar na condição de professor na perspectiva de eterno aprendiz. É hora de começar a vislumbrar a formação continua como elementos de realimentação dessa reflexão”. (LUCENA 2003 p – 16).
O primeiro passo para começar o estágio é o diagnóstico. Segundo Libâneo (apud LUCENA, 2002) o diagnóstico “(...) consiste no levantamento de dados e informações para se ter uma visão de conjunto das necessidades e problema da escola e facilitar a escolha de solução”. (2001, p. 178)
Foi à primeira coisa que fiz, ir à escola analisar e observar a sua estrutura física, a metodologia de ensino, a gestão escolar, recursos humanos, aspectos didáticos pedagógicos e burocráticos, planejamento, avaliação, projetos e aprendizagem significativa. A partir dessa primeira etapa, que foi uma observação reflexiva, onde se fez o diagnóstico da escola pude entender o quanto é importante conhecer a realidade que cerca a instituição para colocarmos em prática o nosso projeto de estágio.
O período de co-participação foi para mim um momento em que passei a ter mais intimidade com a escola, conhecer o seu dia-a-dia, o trabalho dos professores, os alunos e suas particularidades, mas em nenhum momento interferir na rotina e nos acontecimentos da escola.
Seguindo, comecei os dias de regência, e enfim, nosso contato com a real prática docente em Educação infantil. Durante este período o confronto com a teoria acontecia a todo o momento, o que me fazia refletir sobre os fundamentos vistos nos semestres anteriores através dos seguintes autores Piaget, Wallon, Vygotsky, Rogers, Skinner, Paulo Freire, dentre outros.
O contato com as crianças, muitas vezes carentes de atenção e afeto e com educadores com larga experiência na educação infantil foi muito importante. A partir deles, de uma análise e reflexão construímos nossa prática. Também, vamos modificando a nossa postura para nos transformarmos em profissionais que almejam através da educação fazer mudanças significativas.
Como todo processo produz resultados tanto positivos quanto negativos, com o estágio não foi diferente. O contato com a realidade somente no final, muitas vezes faz com que o aluno perca um pouco ou talvez até todo o encanto pela educação, pois a meu ver a prática e a teoria deveriam ser trabalhadas juntas, ou seja, desde os primeiros semestres. Devemos usar a teoria para transformar a ação em momentos significativos e vice-versa, para que ao final do curso e desde já profissionais da educação possamos ter firmeza na nossa prática e ser um profissional crítico, reflexivo e competente.
Todo o processo de estágio foi realmente gratificante. No texto acima eu disse que o contato tardio pode trazer certas frustrações para os alunos de Pedagogia, comigo não foi diferente, mas serviu ainda mais para que eu decidisse que é na Educação Infantil que eu quero atua.




1 Comment:

Anônimo said...

Thanks :)
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